sexta-feira, 30 de abril de 2010

O PATRONO DO COLÉGIO




(1) Álvaro de Barros Lins nasceu em Caruaru no dia 14 de dezembro de 1912, Filho único de Pedro Alexandrino Lins e de Francisca de Barros Lins; foi um advogado, ensaísta, professor, crítico literário, membro da Academia Brasileira de Letras e diplomata.
Iniciou seus estudos na escola da Professora Maria Celestina Ramos. Após terminar o primário em 1924, se transfere para o Recife, onde se matricula no Colégio Salesiano Sangrado Coração para cursar o secundário e depois no Ginásio Padre Félix.
Ingressou em 1931 na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se em 1935.
No período de
1932 a 1940, foi também professor de Geografia Geral e de História da Civilização em várias escolas da cidade. Foi Secretário Estadual no governo de Carlos de Lima Cavalcanti. De 1937 a 1940 foi redator e diretor do Diário da Manhã, depois transferiu-se para o Rio de Janeiro e começou a fazer crítica literária, gênero pelo qual ganhou notariedade nacional. Ali, trabalhou no Diário de Notícias, Diários Associados e Correio da Manhã.
Em 1952 foi para Portugal, lecionar a disciplina Estudos Brasileiros na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Lisboa. Após dois anos regressou para o Brasil e reassumiu o jornalismo e a docência em Literatura Brasileira no Colégio Pedro II, do Rio de Janeiro.
A sua campanha em defesa da posse do presidente Juscelino Kubitschek, através das páginas do Correio da Manhã se constituiu numa das suas maiores contribuições para o Brasil e para a Democracia. Convidado pelo Presidente, chefiou a Casa Civil e foi Embaixador do Brasil em Portugal. Em 1956 recebeu a maior condecoração brasileira: a
Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito. Em 1957, recebeu a maior condecoração portuguesa, a Grã-Cruz da Ordem de Cristo, e foi conduzido a se tornar membro da Academia das Ciências de Lisboa.
A obra de Álvaro Lins há muito já se fixou em tamanho, profundidade e significação na herança cultural brasileira. O seu valor é notório na leitura de: A História Literária de Eça de Queiroz, 1939; A Técnica do Romance em Marcel Proust, 1956; Roteiro Literário do Brasil e de Portugal – Antologia da Língua Portuguesa, co-autoria de Aurélio Buarque de Holanda; Missão em Portugal –(Diário de uma Experiência Diplomática – I), 1960 e a série: A Glória de César e o punhal de Brutos, 1962, Os Mortos de Sobrecasaca, 1963, O Relógio e o Quadrante, 1963, em que o escritor revela as obras dos melhores autores da literatura brasileira do século XX. Passaram sob a crítica de Álvaro Lins: Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade, Jorge de Lima, Lúcio Cardoso, José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Clarisse Lispector, Jorge Amado e Guimarães Rosa.
Em 1962, chefiou a delegação brasileira ao Congresso Mundial da Paz, ocorrido em
Moscou.
Foi casado com Heloísa Ramos Lins, que conheceu no Recife quando foi professor do Colégio Padre Félix Barreto com quem teve dois filhos: Pedro e Teresa. Aposentando-se do jornal em 1964, Álvaro Lins dedicou seus últimos anos a escrever livros. Faleceu em 04 de junho de 1970.


OBRAS PUBLICADAS (fonte wikipedia.pt):


A universidade como escola de homens públicos, 1933
História literária de Eça de Queiroz, 1939
Alguns aspectos da decadência do Império, 1939
Jornal de crítica: primeira série, 1941
Poesia e personalidade de Antero de Quental, 1942
Jornal de crítica: segunda série, 1943
Notas de um diário de crítica - Primeiro volume, 1943
Palestra sobre José Veríssimo, 1943
Jornal de crítica: terceira série, 1944
Rio Branco, 1945
Jornal de crítica: quarta série, 1946
No mundo do romance policial, 1947
Jornal de crítica: quinta série, 1947
Jornal de crítica: sexta série, 1951
A técnica do romance em Marcel Proust, 1951
Roteiro literário do Brasil e de Portugal: antologia da língua portuguesa, 1956
Discurso sobre Camões e Portugal, 1956
Discurso de posse na Academia, 1956
Missão em Portugal: diário de uma experiência diplomática - I, 1960
A glória de César e o punhal de Brutus, 1962
Os mortos de sobrecasaca, 1963
O relógio e o quadrante, 1963
Girassol em vermelho e azul, 1963
Dionísios nos trópicos, 1963
Jornal de crítica: sétima série, 1963
Jornal de crítica: oitava série, 1963
Notas de um diário de crítica - Segundo volume, 1963
Literatura e vida literária, 1963
Sagas literárias e teatro moderno no Brasil, 1967
Filosofia, história e crítica na literatura brasileira, 1967
Poesia moderna no Brasil, 1967
O romance brasileiro, 1967
Teoria literária, 1967

PREMIAÇÕES:

Prêmio Centenário de Antero de Quental, pelo ensaio Poesia e personalidade de Antero de Quental, 1942
Prêmio Felipe de Oliveira, da Sociedade Felipe de Oliveira, 1945, pela obra Rio Branco, 1945
Prêmio Pandiá Calógeras, da Associação Brasileira de Escritores, pela obra Rio Branco, 1945
Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito, 1956
Grã-Cruz da Ordem de Cristo, em Portugal, 1957
Prêmio Jabuti Personalidade do Ano, da Câmara Brasileira do Livro, pela sua obra Missão em Portugal, 1960
Prêmio Luiza Cláudio de Souza, pelas obras Os mortos de sobrecasaca e Jornal de crítica Sétima série, 1963


Por tudo que esse pernambucano foi e representa para nossa cidade, o Colégio Municipal Álvaro Lins orgulha-se em tê-lo como patrono e exorta aos funcionários, professores, alunos e demais interessados em nossos valores culturais a conhecer mais de perto a obra de nosso conterrâneo ilustre.

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